28 fevereiro, 2007

Semana da Leitura | 5 a 9 de Março 07



Tendo em vista a celebração e o incentivo do prazer de ler, será assinalada a "Semana da Leitura", promovida pela Comissão do Plano Nacional de Leitura, a desenvolver de 5 a 9 de Março em todo o país.
A nossa escola aderiu a esta iniciativa e também vai homenagear o livro, esse grande Amigo do Homem.
Serão feitas leituras nas aulas e na biblioteca, dramatizações e exposições de trabalhos dos alunos. O espaço escolar será decorado com poemas, citações, biografias de escritores, extractos de obras, comentários. Irá decorrer a Feira do Livro, que esperamos vir a ser muito concorrida e haverá um painel gigante a ser pintado, tendo por inspiração uma obra literária. Vais ter que adivinhar, qual!!...
E porque a leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo, propomos-te muito movimento. Não fiques aí parado! Lê... Lê um jornal ou uma revista. Lê um livro, um texto, as legendas de uma imagem. Lê para ti ou para os outros. Lê o riso, lê o drama, a poesia ou o romance. Lê o mundo nas páginas de um livro. Faz cordões de palavras, solta-as ao vento e pergunta a todos aqueles com quem te cruzares. O que leste hoje? E amanhã, o que vais ler?

22 fevereiro, 2007

Porquê o Livro? II

Sugestão de:

Margarida Moura: Professora de Língua Portuguesa; elemento da equipa da Biblioteca Escolar




Livro: “O Aniversário da Infanta”Oscar Wilde

Por que escolhi este livro?

A minha curiosidade foi despertada por uma encadernação resistente, ricamente ilustrada e deliciosamente colorida, características que se mantêm ao longo do livro.
Os olhos passaram sôfregos sobre a história de uma infanta espanhola que comemora doze anos de idade. Já sem mãe e com um pai ausente e deprimido, que vive mergulhado em lembranças da rainha, morta seis meses depois do nascimento da infanta, ela só quer divertir-se, pois, apesar de todo o protocolo, é ainda uma criança.

O ponto alto da festa é o espectáculo para ela preparado, em que entram touros e toureiros de brincadeira, teatro de fantoches, prestidigitadores, ginastas, mágicos, música e dança. A tudo a infanta assiste entusiasmada, mas só quando entra em cena um anão “bamboleando-se nas pernas arqueadas e abanando a cabeça disforme”, o seu prazer é real, a ponto de lhe atirar para a arena a rosa do seu cabelo e querer ver, mais tarde, nova interpretação.
A paixão do anão pela infanta é imediata, não lhe ocorrendo sequer que era impensável para uma princesa espanhola nutrir sentimentos por alguém tão disforme e inferior.
O desconhecimento do seu aspecto físico e das crueldades do mundo real, levam-no a correr e a saltar, livre, pelos jardins do palácio, cantando o seu amor e escandalizando as altivas flores, cada uma mais nobre do que a outra, mas encantando pássaros e lagartos, que amam a liberdade como ele.
A longa espera pelo segundo espectáculo pedido pela princesa, fá-lo entrar no palácio e rebuscar cada sala em busca do seu amor. Embrenhado nas ricas tapeçarias, lustres, pérolas do dossel, veludos e quadros de figuras reais, vislumbra, de repente, um ser monstruoso, feio, pequeno e disforme, que repete cada gesto seu, cada olhar, cada trejeito. A súbita consciência de que está a olhar para si próprio, assusta-o mais do que a morte, pois apercebe-se que, afinal, o que encantou a princesa não foi a sua graça, o seu espírito, mas a sua fealdade. Não era amor, mas gozo, escárnio. Roja-se no chão, tomado pela dor, de coração partido. Nem a chegada da princesa o reanima. Ela insiste que ele dance, indiferente, sem se aperceber da sua partida e ao ser disso informada, exige que, de futuro, os bobos não tenham coração.

É, no fundo, uma história de amor, cheia de obstáculos e preconceitos, que nos alerta para a importância de ver para além do aspecto físico e para o cuidado que devemos ter com os sentimentos dos outros, pois, tal como escreveu Saint-Exupéry, no seu livro “O Principezinho” – “Somos para sempre responsáveis pelas pessoas que cativamos”. Margarida Moura


Biografia:
Oscar Wilde nasceu em Dublin, Irlanda, a 16 de Outubro de 1854, e morreu em Paris a 30 de Novembro de 1900, vítima de meningite.
Escreveu sobretudo comédias e contos, inclusive infantis, sendo “O Retrato de Dorian Gray” o seu único romance.
Entre as comédias e contos destacaram-se “Uma Mulher sem Importância”, “Um Marido Ideal”, “A Importância de ser Sério”, “O Príncipe Feliz” e “O Aniversário da Infanta”, estes últimos contos infantis, em que é retratada a criança que vive em cada um de nós, com lições de moral belas e puras.

Livro recomendado no programa de português do 5º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de Dificuldade III

Consulta na Internet:

15 fevereiro, 2007

Vencedor(a) da "A Mais Bela Carta de Amor"


Concurso Literário
"A Mais Bela Carta de Amor"

14 de Fevereiro "Dia de S. Valentim" ou "Dia dos Namorados"

Aluna vencedora: Cátia Sofia Amorim, nº 5 do 7º B





A mais bela carta de amor

Quando te conheci,
Nunca mais dormi,
Mas depois partiste e eu fiquei,
E de ti nada sei.

Junto a ti,
Quis acreditar,
Que te podia amar,
Mas quando te perdi,
Meu amor não ficou por aqui.

Alguém me perguntou,
Se já te esqueci,
Não menti,
Não neguei,
Porque ainda estás em mim.

O meu amor nunca se vai,
Porque está em mim,
é sempre assim,
porque um grande amor,
Nunca tem fim.
Pedralva, 31 de Janeiro de 2007
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Parabéns Cátia!
Obrigado a todos os participantes!

14 fevereiro, 2007

As Fotos da Inauguração!



Dia 7 de Fevereiro, 11H00

Inauguração do novo espaço pela Professora Noémia Lopes, Coordenadora da
Biblioteca, e Professora Mª Ivone Saraiva, Presidente do Conselho Executivo.

Momento Dramático “Pequena História das Bibliotecas” – participação dos
"Amig@s da Biblioteca”: Lorredana Pereira, Joana da Silva, Diogo Martins,
Catarina Prata e Inês Oliveira.

Entrega dos cartões de identificação aos “Amig@s da Biblioteca”.


Momento Musical (Guitarra) – “Minuete J. S. Bach - participação das alunas,
Joana Gaio e Mariana Maia. Coordenação da Professora Marily Pereira.


Momento Musical (Acordeão) – participação dos professores convidados,
Joaquim Peixinho e Olga Peixinho.
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Projecção em Powerpoint “O que é um livro” da autoria da Professora Carla Rodrigues.


Exposição de Ilustração e Escultura dos alunos do 8º B, 8º C e 8º D.
Coordenação da Professora Paula Lucas.

Notícia no Jornal "Região Bairradina", 14/02/07


08 fevereiro, 2007

Dia de Inauguração da Biblioteca!

Inauguração marcada para o dia 7 de Fevereiro, Quarta-feira, 11H00


Os preparativos... 1 hora antes...
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07 fevereiro, 2007

Inauguração da Biblioteca


Drum - Loretta Lux

07/02/2007

Programa Cultural
11.00 horas

Inauguração do novo espaço pela Presidente do Conselho Executivo Drª Mª Ivone Saraiva.

Momento Dramático “Pequena História das Bibliotecas” – participação dos “Amig@s da Biblioteca”: Lorredana Pereira, Joana da Silva, Diogo Martins, Catarina Prata e Inês Oliveira.

Entrega dos cartões de identificação aos “Amig@s da Biblioteca”.

Momento Musical (Guitarra) – “Minuete J. S. Bach - participação das alunas, Joana Gaio e Mariana Maia.

Momento Poético – participação da professora, Margarida Moura e das alunas, Sara Silva (5º B), Joana Gaio (6º A) e Ângela Simões (6º D).

Recitação de Poemas:
“Mistérios do Mar” de Marcial Salavery
“Um livro é…”de Filipa Peres (8 anos)”
“São como um cristal” de Eugénio de Andrade
“Camões” de Manuel Lourenço
“Páginas em Branco” de Kiang – Si
“Os poemas” de Mário Miranda Quintana”

Momento Musical (Flauta) – participação dos alunos do 7º A: Tânia Baía, Raquel Damasceno, Marlene Pinto, Tânia Jesus, Micael Lourenço, Nicole Lameirinhas, Andreia Carvalho, Catarina Lopes, Ana Seabra, Ana Cruz, Joana Pinhal e Joana Correia.

Momento Musical (Acordeão) – participação dos professores convidados, Olga Peixinho e Joaquim Peixinho.

Encerramento – Equipa da Biblioteca: Professores: Noémia M. Lopes, Margarida Moura, Aura Gonçalo, Pedro Almeida e Auxiliar da Acção Educativa, Clarinda Gonçalves.

Momento de Festa (caixa de rufo) – participação dos alunos do 5º A, Rui Gomes e Rui Neto.

"Espumante de Honra"

Durante o evento será feita a projecção em Powerpoint “O que é um livro” da autoria da Professora Carla Rodrigues.

Exposição de Ilustração e Escultura dos alunos do 8º B, 8º C e 8º D

Apresentação do Blogue da Biblioteca “O Sabichão”
Endereço: http://bibliotecavilarinho.blogspot.com/

06 fevereiro, 2007

Inauguração da Biblioteca!


Dia 7 de Fevereiro, pelas 11h00.
Inauguração oficial da nossa Biblioteca!






05 fevereiro, 2007

Porquê o Livro? I

Sugestão de:

Noémia Lopes – Professora de História e Geografia de Portugal;
Coordenadora da Biblioteca EB 2,3 de Vilarinho do Bairro.




A escolha recaiu em "O Velho Que Lia Romances de Amor" de Luís Sepúlveda como poderia ter recaído noutro escritor Americo-Latino, fosse ele Gabriel García Marques, Jorge Amado, Isabel Allende ou Laura Esquivel, escritores por quem sinto verdadeira paixão na forma como narram e descrevem o social-político-cultural dos seus países.
Este pequeno e imenso livro foi "devorado" nos acessos de febre de uma gripe de Inverno e talvez por isso tivesse permanecido em letargia, ressurgindo com o desafio lançado pelo blogue da Biblioteca.
"O Velho Que Lia Romances de Amor" consegue em poucas páginas descrever um mundo que me é particularmente querido: Antropologia versus Ecologia, daí a razão da minha escolha.
E porque é um livro que se lê depressa talvez o possa recomendar a quem queira "embrenhar-se" na magia e crueza da Selva Amazónica.
Fica ao vosso dispor na nossa Biblioteca.

"O Velho Que Lia Romances de Amor"
de Luis Sepúlveda

Antonio José Bolívar Proaño, nascido e criado em San Luís, povoado serrano encostada ao vulcão Imbadura, comprometido aos treze anos com aquela que viria a ser sua mulher, Dolores Encarnacion del Santíssimo Sacramento Estupiñán Otavalo, agricultor sem eira nem beira, tentador da sorte no plano de colonização da Amazónia, viajante em canoa, autocarro e a pé, passando por El Dorado, Zamora, Loja; proprietário em El Idilio de dois hectares de floresta, terra fraca e infestada, aprendiz dos costumes dos Xuar na luta pela sobrevivência, viúvo devido às altíssimas febres da malária… ele que só lia romances de amor…
"Trouxe-te dois livros.
Os olhos do velho iluminaram-se.
- De amor? O dentista fez que sim.
Antonio José Bolívar Proaño lia romances de amor, e em cada uma das suas viagens o dentista abastecia-o de leitura.
- São tristes? – perguntava o velho.
- De chorar rios de lágrimas – garantia o dentista.
- Com pessoas que se amam mesmo?
- Como ninguém nunca amou.
- Sofrem muito?
- Eu quase não consegui suportar
– respondia o dentista.
Mas o doutor Rubicundo Loachamín não lia os romances.
Quando o velho lhe pediu o favor de lhe trazer leitura, indicando
muito claramente as suas preferências – sofrimentos, amores infelizes
e desfechos felizes -, o dentista sentiu que estava perante um encargo
difícil de cumprir.
Pensava em como seria ridículo entrar numa livraria de Guaiaquil e
pedir: «Dê-me um romance bem triste, com muito sofrimento por causa do
amor e com um final feliz». Haviam de tomá-lo por um velho maricas, e
a solução veio ele a encontrá-la inesperadamente num bordel da
marginal.
Uma tarde, estava ele (…) com Josefina, uma esmeraldina de pele
brilhante como a de um tambor, quando viu um lote de livros arrumados
em cima da cómoda.
- Tu lês? – perguntou.
- Leio. Mas devagarinho – respondeu a mulher.
- E quais são os livros de que gostas mais?
- Os romances de amor – respondeu Josefina, acrescentando os mesmos
gostos de Antonio José Bolívar. A partir dessa tarde Josefina foi
alternando os seus deveres de dama de companhia com os de crítico
literário e, de seis em seis meses, seleccionava os dois romances que,
na sua opinião, proporcionavam maiores sofrimentos, os mesmos que mais
tarde Antonio José Bolívar Proaño lia na solidão da sua choça diante
do rio Nangaritza.
…num "inferno verde" e perdido, naquela "região maldita", que lhe
arrebatara o amor e os sonhos, mas que afinal nunca conseguiu odiar.



Luis Sepúlveda, nascido em Ovalle, Chile em 1949, contemplado em
Oviedo com o Prémio Tigre Juan, homenageado por esta obra espantosa,
que nos percorre a mente como um filme e onde o actor principal é a
floresta da Amazónia.
Luís Sepúlveda, que dedicou este livro ao seu amigo Chico Mendes, uma
das figuras mais destacadas do Movimento Ecologista e assassinado por
defender a "causa índia", conta-nos uma história rápida, repleta de
descrições luxuriantes ao mesmo tempo que narra o quotidiano de um
mesmo espaço, coabitado por brancos e índios.
Luís Sepúlveda, escritor, realizador, jornalista e activista, membro
da Unidade Popular Chilena nos anos 70, exilado após o golpe militar
de Pinochet, actualmente a residir em Espanha, tendo trabalhado em
inúmeros países da América do Sul e vivido entre os índios Xuar numa
missão da UNESCO, contribuiu para a formação literária de Noémia
Maria, transmissora de História e ouvinte de histórias e que "arruma""O Velho Que Lia Romances de Amor" entre os dez melhores livros que
leu, na prateleira de cima da sua "Biblioteca" interior.
Bibliografia de Luis Sepúlveda
• As Rosas de Atacama;
• Contos Apátridas;
• Diário de um Killer Sentimental;
• Encontro de Amor num País em Guerra;
• O General e o Juiz;
• História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar;
• Histórias do Mar;
• Mundo do Fim do Mundo;
• Nome de Toureiro;
• O Velho que Lia Romances de Amor;
• Patagónia Express;
• O Poder dos Sonhos;
• Os Piores Contos dos Irmãos Grim;
• Uma História Suja.
Consulta na Internet:
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